Quem foi
Jack, o estripador? Foi um assassino que assustou Londres, Inglaterra, no final do século XIX. No dia 7 de agosto de 1888, um morador de um conjunto habitacional de East End, um bairro pobre de Londres, encontrou o corpo da prostituta Martha Turner. Martha foi a primeira vítima de Jack. Depois dela vieram mais quatro, todas meretrizes que freqüentavam os bares da região. A última foi assassinada em 9 de novembro de 1888. Há ainda outros casos atribuídos ao assassino, mas
podem ter sido cometidos por psicóticos motivados pela fama que Jack alcançou. Ele não foi o primeiro assassino em série que se tem notícia, mas sua história fez sucesso porque foi a primeira a surgir numa metrópole em uma época em que a imprensa já tinha grande força. Jack, o estripador é como se identificou o remetente de uma carta enviada pelo suposto assassino para a Agência Central de Notícias.
Jack estrangulava suas vítimas e depois as mutilava com facadas. Na opinião dos médicos que examinaram os cadáveres, ele tinha conhecimentos de anatomia. Em um caso, ele retirou um rim sem danificar os órgãos que estavam ao redor. Em outro, removeu órgãos sexuais com um único golpe de faca. A identidade verdadeira de Jack nunca foi descoberta, apesar de vários suspeitos terem sido indicados. A polícia fez o que pode, mas foi desmoralizada. O inspetor Charles Warren, que comandava as investigações, demitiu-se depois de dar sua última ordem: fotografar os olhos de uma das prostitutas, pois acreditava-se que uma pessoa guardava na retina a última imagem vista antes de morrer.
A escritora americana
Patricia Cornwell, milionária autora de livros policiais, resolveu investigar o mistério de Jack utilizando técnicas de DNA e chegou a uma conclusão surpreendente: o assassino é o pintor impressionista alemão Walter Sickert. Patricia expõe suas teorias no livro
Retrato de Um Assassino - Jack, o Estripador - Caso Encerrado, lançado em 2003 e que chegou ao Brasil em 2004 pela Cia. das Letras. Entre as evidências reunidas pela escritora e fundadora do Instituto de Ciência e Medicina Forense da Virginia, figuram:
1) Um teste de DNA mitocondrial numa carta enviada por Sickert, que contém o mesmo DNA das cartas que Jack enviava à polícia.
2) O domínio de técnicas de pintura demonstrado por Jack em suas cartas (e uma vez o estripador usou o mesmo pseudônimo que Sickert usava como ator: Mr. Nobody).
3) Os desenhos feitos por Sickert no livro de hóspedes da Pensão Lizard, na Cornualha, onde vivia, que batem com os desenhos que Jack fazia em suas cartas.
4) As iniciais que Sickert usava em sua correspondência, que eram grafadas muitas vezes de forma idêntica às de Jack.
Será que isso realmente encerrou o caso!?

Um livro
Em Fevereiro desse ano, foi anunciada uma exposição que analisará, em Londres, a figura de "Jack, o Estripador". A "primeira grande exposição" dedicada àquele que é considerado "o primeiro 'serial killer' moderno", fará o Museu das Docklands voltar, entre 15 de maio e 2 de novembro, à cena do crime com a exposição "Jack the Ripper and the East End". "Os visitantes terão a oportunidade de entrar no mundo onde aconteceram os crimes e tirar suas próprias conclusões sobre uma história que continua fascinando e causando comoção", apontou também curadora da exposição. Permitirá examinar, pela primeira vez, os documentos policiais originais relativos aos assassinatos e à investigação, contantando com objetos pessoais das vítimas, fotografias, recortes de jornais e cartas, tanto as enviadas por cidadãos assustados à Scotland Yard, quanto a famosa carta assinada por um tal Jack, o Estripador, que deu origem ao famoso pseudônimo; além de entender mais sobre a vida das vítimas e sobre o mundo de prostituição, miséria e crime no qual viviam os britânicos no final do período vitoriano. Reproduzirá também as múltiplas teorias que, desde 1888, surgiram sobre quem poderia ter sido Jack, o Estripador, de um barbeiro polonês chamado Aaron Kosminski ao príncipe Albert Victor, neto da rainha Vitória, passando pelo pintor Walter Sickert, apresentando até mesmo a faca supostamente usada por Jack.
Uma Graphic Novel

Um Filme
Hoje, cento e vinte anos depois que Jack, o Estripador cometera seu primeiro crime, é publicada pela primeira vez, na Espanha, uma seleção de
cartas escritas por ele, um dos assassinos mais famosos da história, tendo sido retratado em peso no mundo da Literatura, em filmes/documentários e até mesmo em Graphic Novels/HQs, hoje consideradas a nona arte.

Uma carta

Uma faca
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